Exercício em grupo com integrantes escolhidos por sorteio entre todos os oficinandos. Cada participante trouxe à oficina um material para compor uma instalação num dos espaços do MIS, a ser escolhido pelo grupo. O tempo limite para a realização (projeto e execução) foi fixado pelo Augusto, o coordenador da oficina, em 60 minutos (uma hora).
Os materiais e sua carga semântica (tal como descrita inicialmente por cada um):
Laura Wrona - uma barraca de camping - um espaço dentro de outro.
Ligia Oki - uma fita crepe - fixador de outros materiais e demarcador do espaço.
Rogério Rauber - dois palitos cobertos de tinta branca - do seu próprio repertório poético, no qual figura como um índice pictórico.
O projeto:
1) Debatemos investigando a carga semântica e as potencialidades poéticas de cada material;
2) iniciamos o registro, via escrita, de alternativas de composição;
3) entre os vários elementos da barraca, escolhemos usar apenas as varas de sustentação;
4) necessitando uma decisão rápida, optamos pelo início imediato do desenvolvimento da primeira alternativa considerada mais consistente: uma composição em "X" (ou "+"), que entendemos como signos de:
a) delimitação do espaço (como o "X" no demarcar de um mapa);
b) do acaso (as varetas seriam jogadas e, onde caíssem, o seu cruzamento definiria o local);
c) de multiplicação;
d) de adição;
e) da forma tensionada estruturadora das varas da barraca;
f) da forma mais simples de fixação desta estrutura em suas pontas, com fita, ao solo.
A execução:
Ligia Oki - uma fita crepe - fixador de outros materiais e demarcador do espaço.
Rogério Rauber - dois palitos cobertos de tinta branca - do seu próprio repertório poético, no qual figura como um índice pictórico.
O projeto:
1) Debatemos investigando a carga semântica e as potencialidades poéticas de cada material;
2) iniciamos o registro, via escrita, de alternativas de composição;
3) entre os vários elementos da barraca, escolhemos usar apenas as varas de sustentação;
4) necessitando uma decisão rápida, optamos pelo início imediato do desenvolvimento da primeira alternativa considerada mais consistente: uma composição em "X" (ou "+"), que entendemos como signos de:
a) delimitação do espaço (como o "X" no demarcar de um mapa);
b) do acaso (as varetas seriam jogadas e, onde caíssem, o seu cruzamento definiria o local);
c) de multiplicação;
d) de adição;
e) da forma tensionada estruturadora das varas da barraca;
f) da forma mais simples de fixação desta estrutura em suas pontas, com fita, ao solo.
A execução:
Todos participaram equilibradamente na produção, reflexão e lapidação da instalação. Diferentemente do planejado no início, não jogamos as varetas aleatoriamente para que, onde caíssem em cruz, definissem o local do trabalho. Analisando o chão do espaço, encontramos um cruzamento das juntas de dilatação do piso. E partimos daí, com uma composição sobrepondo camadas que reafirmavam este cruzamento. Assim, no plano inferior, o do piso, colocamos as varas tensionadas como ao montar da barraca. Nas extremidades, as fixamos com fita crepe dispostas em um "X" feito com vários pedaços de fita. No plano superior, o do teto, repetimos o "X", em tamanho menor, aprumado verticalmente ao encontro das varas. Como uma possibilidade que era prevista, a tensão das varas não foi suficientemente suportada pela fita crepe. No dia seguinte, chegando no local da instalação, constatamos que um dos pontos havia se descolado. Ficamos em dúvida em aceitar este acontecimento como a rachadura acidental do "Grande Vidro" (Duchamp). Optamos por fazer uma restauração, ainda que precária (não tínhamos fita suficiente) e que se mostrou não-eficaz: a fita descolou novamente e assim premaneceu até a apresentação/avaliação pelos demais oficinandos. A documentação foi feita pela Laura e pela Ligia. O título da instalação foi proposto pelo Rogério, que o revelou ao grupo durante a apresentação do trabalho. Antes ainda não tínhamos encontrado um título que nos agradasse. Uma das opções era "Palomar", referência ao famoso observatório Californiano. "Palomar" remeteria ao ato de prospecção do espaço, implícito nos "X" do chão, da estrutura e do teto. Por fim, optamos pelo título gráfico "x+x o +x+". Este envolve somas, contraposições, marcações, multiplicações... E, no centro, o articulador e também gráfico "o" proposto pelo Augusto: a alternativa em espanhol ao "ou" em português, já que este gerava algum ruído que não desejávamos.