quarta-feira, 13 de abril de 2011

Estudo para instalação coletiva - x+x o +x+

Exercício em grupo com integrantes escolhidos por sorteio entre todos os oficinandos. Cada participante trouxe à oficina um material para compor uma instalação num dos espaços do MIS, a ser escolhido pelo grupo. O tempo limite para a realização (projeto e execução) foi fixado pelo Augusto, o coordenador da oficina, em 60 minutos (uma hora).






Os materiais e sua carga semântica (tal como descrita inicialmente por cada um):
Laura Wrona - uma barraca de camping - um espaço dentro de outro.
Ligia Oki - uma fita crepe - fixador de outros materiais e demarcador do espaço.
Rogério Rauber - dois palitos cobertos de tinta branca - do seu próprio repertório poético, no qual figura como um índice pictórico.

O projeto:
1) Debatemos investigando a carga semântica e as potencialidades poéticas de cada material;
2) iniciamos o registro, via escrita, de alternativas de composição;
3) entre os vários elementos da barraca, escolhemos usar apenas as varas de sustentação;
4) necessitando uma decisão rápida, optamos pelo início imediato do desenvolvimento da primeira alternativa considerada mais consistente: uma composição em "X" (ou "+"), que entendemos como signos de:
a) delimitação do espaço (como o "X" no demarcar de um mapa);
b) do acaso (as varetas seriam jogadas e, onde caíssem, o seu cruzamento definiria o local);
c) de multiplicação;
d) de adição;
e) da forma tensionada estruturadora das varas da barraca;
f) da forma mais simples de fixação desta estrutura em suas pontas, com fita, ao solo.

A execução:
Todos participaram equilibradamente na produção, reflexão e lapidação da instalação. Diferentemente do planejado no início, não jogamos as varetas aleatoriamente para que, onde caíssem em cruz, definissem o local do trabalho. Analisando o chão do espaço, encontramos um cruzamento das juntas de dilatação do piso. E partimos daí, com uma composição sobrepondo camadas que reafirmavam este cruzamento. Assim, no plano inferior, o do piso, colocamos as varas tensionadas como ao montar da barraca. Nas extremidades, as fixamos com fita crepe dispostas em um "X" feito com vários pedaços de fita. No plano superior, o do teto, repetimos o "X", em tamanho menor, aprumado verticalmente ao encontro das varas. Como uma possibilidade que era prevista, a tensão das varas não foi suficientemente suportada pela fita crepe. No dia seguinte, chegando no local da instalação, constatamos que um dos pontos havia se descolado. Ficamos em dúvida em aceitar este acontecimento como a rachadura acidental do "Grande Vidro" (Duchamp). Optamos por fazer uma restauração, ainda que precária (não tínhamos fita suficiente) e que se mostrou não-eficaz: a fita descolou novamente e assim premaneceu até a apresentação/avaliação pelos demais oficinandos. A documentação foi feita pela Laura e pela Ligia. O título da instalação foi proposto pelo Rogério, que o revelou ao grupo durante a apresentação do trabalho. Antes ainda não tínhamos encontrado um título que nos agradasse. Uma das opções era "Palomar", referência ao famoso observatório Californiano. "Palomar" remeteria ao ato de prospecção do espaço, implícito nos "X" do chão, da estrutura e do teto. Por fim, optamos pelo título gráfico "x+x o +x+". Este envolve somas, contraposições, marcações, multiplicações... E, no centro, o articulador e também gráfico "o" proposto pelo Augusto: a alternativa em espanhol ao "ou" em português, já que este gerava algum ruído que não desejávamos.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Estudo para instalação coletiva - Fim de jogo (Folclore)

Dentro da proposta de realizar uma instalação com objetos que cada integrante do grupo trouxe, sem comunicação prévia, o trabalho "Fim de Jogo/Folclore" pretende sugerir para o espectador um jogo popular, bem como a presença de uma armadilha. A maçã, elemento com forte carga mítica/religiosa, está suspensa no ar, presa por uma fita preta cuja extremidade está escondida. O espaço foi delimitado por fitas coloridas, que remetem à algo lúdico/popular mas que pela sua disposição no espaço, reforçam a ideia de um desafio entre duas pessoas. Nas fotografias abaixo, o registro do processo de discussão e montagem, assim como da obra 'pronta'.



Os materiais: uma maçã, fitas coloridas diversas e um rolo de fita preta


O trabalho pronto / A interação do público...


Em breve: vídeos do processo e da relação da obra com os espectadores.


Integrantes do grupo: Danilo Pêra, Fernando Timba e Laura Moritz

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Danilo Pêra - artista e educador

Fragmentos: videos de bolso nas praças (2010)


O presente trabalho é formado por uma série de ações efêmeras no espaço urbano, foram realizadas micro projeções de vídeos em fragmentos de brinquedos localizados em três praças públicas da cidade de São Paulo. Essas ações propõem uma relação entre o vídeo e esses objetos, resultando em uma série de vídeos registros. 

registro ação na rua: Fragmentos: videos de bolso nas praças  

registro ação na rua: Fragmentos: videos de bolso nas praças  

registro ação na rua: Fragmentos: videos de bolso nas praças 

registro ação na rua: Fragmentos: videos de bolso nas praças







Desvanecimento do ser num mundo de ilusões / Decoloración de estar en un mundo de ilusiones











VIVEMOS NUM MUNDO DE ILUSÕES


Estamos satisfeitos como vivemos hoje?

Está faltando alguma coisa?

Nos sentimos frustados?

Tudo o que temos já não é o suficiente?

Somos felizes com o que temos?

Enfim, precisamos de mais o que?





VIVIMOS EN EL MUNDO DE ILUSIONES


Nos alegra que vivimos hoy em dia?

Lo que falta?

Nos sentimos frustrados?

Todo lo que tenemos no es suficiente?

Estamos contentos con lo que tenemos?

Por último, necesitamos más qué?







segunda-feira, 4 de abril de 2011

Estudo para Instalação - Ligia Oki

Exercício proposto:

Criar instalação utilizando apenas o material dado (uma folha de jornal), respeitando o material, transformando-o sem desperdício, sem outros materiais, sem ferramentas de preferência. Criar registro do processo e do resultado. Tudo em 1 hora.

Registro - Processo




Registro - Resultado


Utilizei apenas dobras, recorte com a ponta seca da lapiseira e encaixe para formar uma espécie de guirlanda. Minha preocupação era criar um objeto tridimensional, para isso o papel deveria se sustentar, isto é, ir contra a gravidade, ou ficar pendurado, utilizando a gravidade a favor. Pensei em origami que cria volume através das dobras, pensei em kirigami que além de dobras utiliza recortes, pensei também em bandeirinhas de Festa Junina feitas de jornal, balão e outros adornos de papel. Criei um enfeite pendurando o jornal no exaustor de ar do teto. Em nenhum momento li ou pensei nas informações do jornal, o que me interessava era o material PAPEL e suas características: uma unica folha retangular, passível de ser moldada sem instrumentos, que poderia assumir forma geométrica ou orgânica, leve o suficiente pra ser pendurado e forte o suficiente pra resistir ao próprio peso. É uma instalação pois interfere e cria uma relação com o espaço.